Como a Anvisa identificou a omissão de informações sobre o “histórico de viagens” de quatro jogadores; partida do domingo foi interrompida e acabou suspensa
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ToggleBárbara BaiãoRachel Vargasda CNN
06/09/2021 às 21:23 | Atualizado 06/09/2021 às 21:26
Agentes da Polícia Federal a pedido da Anvisa interromperam a partida entre Brasil x Argentina • Alex Silva/ Estadão Conteúdo
A menos de uma hora do início da partida entre Brasil e Argentina, o Ministério da Saúde tentava, junto à Conmebol, impedir que os quatro jogadores argentinos que estiveram no Reino Unido participassem do jogo, que acabou sendo suspenso.
Um documento ao qual a CNN teve acesso com exclusividade mostra que, às 15h09 do último domingo (5), o secretário-executivo adjunto Alessandro Vasconcellos assinou eletronicamente um ofício em que solicitava à Confederação Sul-Americana de Futebol que os atletas ficassem isolados no hotel.
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Em sintonia com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o ministério identificou que houve omissão de informação por parte da delegação argentina em relação ao “histórico de viagens” de quatro jogadores, incorrendo, assim, em infração sanitária, de acordo com o parecer.
“Recomendamos que os quatro atletas permaneçam em quarentena no hotel, atendendo às regras sanitárias vigentes no Brasil”, diz um trecho do documento.
O regulamento da competição continental determina que qualquer equipe precisa chegar ao estádio 90 minutos antes do início previsto para a partida.
A insistência da delegação argentina fez com que agentes da Polícia Federal e da Anvisa entrassem em campo para retirar os atletas argentinos Emiliano Martínez, Buendía, Cristian Romero e Giovani Lo Celso. Na sequência, a Conmebol suspendeu a partida.
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A partida entre Brasil e Argentina foi suspensa neste domingo (5) • Alex Silva/ Estadão Conteúdo
A CNN apurou que o Ministério da Saúde foi procurado pela Associação de Futebol Argentino, que buscava uma excepcionalidade para os atletas argentinos em relação ao cumprimento de determinações sanitárias relacionadas aos riscos de contaminação.
Procurada, a pasta informou que negou o pedido no dia 4 de setembro e comunicou imediatamente os órgãos de saúde estadual e municipal. A delegação argentina foi informada da decisão na manhã do domingo, de acordo com o Ministério da Saúde.
A Conmebol, por sua vez, disse que enviou o relatório do árbitro e do delegado responsável pelo caso à Comissão Disciplinar da FIFA, que ficará responsável por determinar quais ações serão tomadas por todas as partes envolvidas.
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