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Hello bet: Nova perícia aponta que jogador Rafael Ramos não usou a palavra “macaco”

Atleta do Corinthians foi acusado de ter realizado o ato racista contra Edenílson, do Internacional, em jogo válido pelo

Acusações de Racismo no Futebol: Caso Edenílson e Rafael Ramos

Um atleta do Corinthians foi acusado de ter realizado um ato racista contra Edenílson, do Internacional, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro, realizado no dia 14 de maio.

Douglas PortoLeonardo Rodriguesda CNN* , em São Paulo

04/06/2022 às 01:26 | Atualizado 07/04/2023 às 18:21

Um novo laudo pericial, contratado pela defesa de Rafael Ramos, do Corinthians, e obtido pela CNN na sexta-feira (3), reafirma que o atleta não teria pronunciado a palavra “macaco” referindo-se a Edenílson durante a partida entre as equipes, no dia 14 de maio, no estádio do Beira-Rio, em Porto Alegre.

Foram analisados três vídeos da transmissão oficial do jogo, que foram retransmitidos por outros programas esportivos. Os peritos aplicaram tratamentos de imagem para melhor observação, estabilizando, melhorando as resoluções, colorações e contrastes.

A partir disso, houve um corte do momento exato do suposto diálogo entre os atletas, que foi diminuído em velocidade e segmentado por quadro.

Resultados da Análise

A análise mostra que a fonética da expressão que Edenílson relata ter ouvido “f***-se macaco” possui 6 sílabas e 6 fonemas. Por outro lado, o que Ramos teria dito “f***-se mano cara***” tem 8 sílabas e 8 fonemas.

Além da diferença de extensão da pronúncia, há uma diferença de tonicidade, especialmente na segunda palavra, onde o segundo fonema da palavra ‘macaco’, ‘ka’, é tônico, ao contrário do segundo e último fonema de ‘mano’, que é átono.

Conclui-se que a pronúncia do corintiano “é mais extensa do que o necessário para articular a expressão supostamente utilizada pela vítima, o que se evidencia não apenas pela articulação de mais dois vocábulos, mas também pelo fato de um deles ser tônico.

Procurado pela CNN, o Internacional informou que “irá aguardar o resultado da investigação oficial do caso, que está a cargo do IGP. O prazo para esclarecimento dos fatos foi de 30 dias. O Clube ressalta que apoia seu atleta e repudia qualquer forma de preconceito.”

Entenda o Caso

Defendendo a liderança do Campeonato Brasileiro, o Corinthians enfrentou o Internacional em Porto Alegre. Durante a partida, o volante Edenilson afirmou ao árbitro que o lateral-direito Rafael Ramos o teria chamado de “macaco”. A partida foi paralisada por alguns minutos e, em seguida, retomada.

Edenilson registrou uma queixa contra Ramos com agentes da Polícia Civil, que foram ao vestiário averiguar o ocorrido. Em publicação nas redes sociais, o jogador do Internacional afirmou que “sabe o que ouviu”, reafirmou que sofreu o xingamento e repudiou o ato supostamente cometido pelo colega de profissão.

Em resposta, o Internacional confirmou que Edenilson relatou ter sofrido injúria racial e destacou que “ainda ocorram fatos desse tipo em 2022 é inadmissível. Não há espaço para o racismo em nossa sociedade”. O clube reitera que repudia todo e qualquer ato de preconceito e apoia seu atleta.

O Corinthians se pronunciou oficialmente, afirmando que Ramos negou ter proferido o xingamento e que foi procurar Edenílson no vestiário após a partida para se explicar. O clube ainda ressaltou que, devido à denúncia, a lei exige que o caso seja tratado como flagrante, seguido de detenção, mas que o pagamento de fiança não implica em admissão de culpa, permitindo ao atleta que se defenda em liberdade.

O que é Injúria Racial

A injúria racial é um crime previsto no Código Penal, que estabelece punição de 1 a 3 anos de reclusão e multa para quem ofende a dignidade de outra pessoa utilizando elementos referentes à raça, cor, etnia, religião, entre outros. É, portanto, um ataque à honra ou à imagem e uma violação de direitos constitucionais.

Diferentemente do crime de racismo, conforme a Lei 7.716/1989, que ocorre quando a ofensa é dirigida a um grupo ou coletividade, discriminando uma etnia de maneira geral.

*Com informações de Leandro Silveira, em colaboração para a CNN e Tiago Tortella, da CNN.

Como você vê a importância de combater atos de racismo no esporte?

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