A volta do futebol paulista tem gerado algumas divergências entre equipes sobre os protocolos propostos. O Corinthians, por exemplo, se negou a fazer exames no elenco antes da primeira partida, alegando que cumpriu o protocolo da Federação Paulista de Futebol. Já o Palmeiras, que relaxou o isolamento social dos jogadores, desejava que todos os envolvidos na decisão fossem testados antes do jogo de ida, agendado para quarta-feira (5), em Itaquera.

Em entrevista à CNN, na manhã desta terça-feira (4), Moisés Cohen, presidente do Comitê Médico da Federação Paulista de Futebol (FPF), afirmou que ambos os clubes estão certos em suas decisões. Segundo ele, os protocolos foram propostos, mas cabe à comissão médica de cada clube avaliar as melhores decisões para a equipe.

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“O protocolo foi realizado em comum acordo entre 16 médicos e deixa claro que sugerimos que os atletas fiquem concentrados a partir do momento em que os jogos começam. No último parágrafo, também está claro que a responsabilidade fica a cargo dos médicos dos clubes. Ambos os times estão corretos. Do ponto de vista médico, o que importa é que não haja descuidos em relação à saúde dos atletas. Nenhum clube está colocando seus atletas ou a comissão técnica em risco”, avaliou.

Questionado sobre a necessidade de realizar mais testes em atletas, o médico ponderou: “Não existe nenhum protocolo no mundo que possa garantir 100% de proteção, sempre existe a possibilidade de contaminação. Entretanto, partindo do princípio de que todos os atletas foram testados e não houve casos de Covid-19 nos estádios que visitaram, portanto, não justifica realizar exames sem uma razão concreta para isso”, finalizou.

(Edição: André Rigue)